A ideia da criação deste quadro em nossa página surgiu da intenção de compartilhar com os amigos e clientes as experiências e descobertas que eu tenho feito nessas minhas andanças na busca do melhor churrasco. O tema é muito amplo e o acervo de conhecimento é bastante vasto. Espero que todos gostem e que este espaço seja uma fonte bastante rica para troca de informações sobre a “tecnologia” e a tradição da refeição mais primitiva e mais saborosa do mundo!!!!.

O nome do projeto é uma deferência ao fato de que a responsabilidade do churrasco na história vai muito além: dos quilos a mais que as pessoas possam vir a adquirir comendo churrasco; do aumento das taxas de colesterol dos amantes da carne; do atraso dos maridos quando saem para comer um assado com os amigos; da bagunça deixada pelos homens em volta da churrasqueira; da gordura que adere na louça quando se degusta uma costela gorda; etc...

Na verdade o churrasco (ou uma celebração muito semelhante a este tipo de cocção) consiste em um processo que mudou os rumos da história da humanidade. Já fazem alguns anos que este assunto me intriga, razão pela qual passei a adquirir algumas obras que pudessem fornecer elementos mais concretos da minha suspeita.

Em suma, em 2009 foi lançada uma teoria de que a descoberta do fogo e consequentemente o consumo da comida cozida teria funcionado como um catalizador para a evolução da espécie humana. O livro Pegando Fogo – Como Cozinhar nos Tornou Humanos, trouxe a tona uma teoria de que a partir do controle do fogo e do consumo de comida cozida, o homem teria dado um dos maiores saltos no seu processo evolutivo de que se tem notícia. As revelações desta obra são fantásticas e por esta razão recomendo a leitura aos amantes da boa mesa e àqueles que se fascinam pela história da alimentação. O que não está especificado lá, mas que é facilmente compreendido a partir da leitura da obra, é que o churrasco ou algo muito parecido com os nossos assados domingueiros, de alguma forma foi o responsável pelo modelo de sociedade que hoje conhecemos.

É possível que depois dessas afirmações algumas pessoas possam pensar que o Bebeto andou bebendo ou abusando de substâncias psicotrópicas! Mas não é nada disso. A teoria é bastante consistente e faz todo o sentido. Ora, o homem inicialmente era um caçador coletor de hábitos independentes que se alimentava de pequenos animais, de frutas e legumes. Para obter êxito no empreendimento de caçar animais de grande porte, os hominídios precisaram reunir-se em grupos e dividir as tarefas. E, obviamente que uma caçada de um grande mamífero fornecia aos homens um excedente de comida.

E este excedente de comida poderia ser compartilhado por um grande grupo de pessoas, o que daria origem as primeiras refeições coletivas de que se tem notícia. O controle do fogo por sua vez, trouxe ao processo uma série de vantagens. Em primeiro lugar o aconchego e a segurança em razão do calor e da luz. É a partir desses fatos que os humanos passaram a se aglomerar em grupos para obter e consumir a sua comida. Além disso, o sabor da carne assada é muito mais atraente do que o da carne absolutamente crua. Soma-se a isso, a assepcia gerada pelo cozimento da carne que garantia uma validade muito maior da comida e também a digestibilidade dos nacos de carne cozida se comparados aos mesmos pedaços de carne crua.

Diante deste quadro resumidamente posto podemos afirmar sem medo de errar que o “CHURRASCO É O PAI DA HUMANIDADE”. Também por razões históricas, o Rio Grande do Sul foi o estado Brasileiro que elegeu o churrasco como o seu prato típico. E para nossa alegria e orgulho é possível dizer que o churrasco gaúcho após difundir-se por todo o Brasil, consiste no único processo culinário brasileiro que triunfou no exterior. Tanto isso é verdade, que as churrascarias estão espalhadas pelo mundo inteiro como uma referência na arte de preparar e servir os melhores cortes de carne.

Bueno com este breve relato damos início ao nosso projeto que semanalmente vai tentar trazer alguma dica interessante dedicada aos carnívoros.

Um grande abraço,
Bebeto.

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